(foto retirada da net)
amanhecer sombrio,
nuvens densas,
tempestade de sentimentos,
ladainhas a Sta. Barbara,
a perplexidade da vida
na (in)certeza da morte
e eis que...
inusitado,
surge o sol ofuscante,
loucura de deus pagão
Adonai
que derruba
quando o sol fere a vista,
e as almas,
e os corpos - ainda vestidos...
véus que cobrem
mentiras
que me rebentam nas mãos
quais foguetes
de um São João tardio
como os figos que
rebentam a boca
mas, são pingo de mel
as palavras duras,
escárnio e maldizer...
Etelvina!?!?
a travessia do deserto
e a sesta nas planícies escaldantes,
a tarde multicolor
que termina
com o arco íris resplandecente,
hoje, agora, já
antes que chova...
o pôr do sol a Este
sem mar
(agora revolto)
mãos que derrubam,
mãos que erguem,
dedos que apontam,
dedos que tocam,
aguarelas a tinta
da china invisível:
tatuagens da alma
ensaio de voo nocturno
"- as gaivotas não voam à noite!!!"
perder o medo,
ser diferente.
sem Fernão nem piedade
o salto da encosta,
o voo livre e o planar...
finalmente em liberdade!
longe de olhares (in)discretos
ou de ouvidos (in)sensíveis,
descobrir:
pérolas e manhãs de nevoeiro
- problemas resolvidos com attitude,
um planeta fora do mundo
e E U !
adormecer nua
enroscada
no colo e no beijo,
embalada pelo vento:
inconstante,
omnipresente,
amado,
meu...!
palavras doces,
declarações emotivas,
vontade e querer:
S O U
nem marés nem marinheiros,
nem rotas nem portos de abrigo,
o rumo do ciclo completo,
morte e renascimento,
num dia ano
que amanheceu
sombrio
e adormece tranquilo.
P A I X Ã O
Dez/2008
1 comentário:
adonai é o mantra lunar, não é?
adoro a lua!!! :)
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