registos, leituras, ecos, palavras, imagens, gestos, passos de dança e ensaios de voo...
aromas e sabores que (a)guardo carinhosamente





terça-feira, 13 de julho de 2010

... fragilidades...

expliquem-me, que os amigos são estrelas livres; livres para iluminar (ou não iluminar) o nosso céu; livres para mudar de galáxia se assim o desejarem; livres para se afastarem (mesmo que em caminhadas sem retorno...); livres; livres; livres... porque sem liberdade o afecto não é possível!

digam-me, que os apegos são tentáculos venenosos que nos impedem de crescer, e, que as lágrimas (em lua cheia de tristeza) são mero desperdício da energia absolutamente necessária para v i v e r










digam-mo, mas, digam-mo de mansinho...

sexta-feira, 9 de julho de 2010

...

o vento vestia-lhe o corpo, o sorriso pintava-lhe o rosto, o luar reflectia-se no verde líquido dos olhos... procurava um arremesso de paixão, uma réstia de sol, ou, um rastilho de (a)mar onde se pudesse perder... e, nessa procura incessante sonhava um coração igual ao seu, apaixonado, intenso, completo, dominado pelo mesmo luxuriante desejo do frenesim dos corpos, a mesma ânsia de beijos, a mesma vontade de toques e arrepios... teimava em não desistir, insistia em não aceitar compromissos. idealizava e perseguia o seu sonho, calada e quieta, sem mover um dedo ou uma pálpebra... desejando não acordar!

terça-feira, 6 de julho de 2010

...

sinto, cada gesto escondido,
cada raio de luar perdido,
cada palavra por escrever...

perco-me, para me encontrar
num grito calado no peito,
nas dores escondidas no tempo...
(e dos outros, perdida, nem sei...)

escrevendo, sonho...
o dia, o sol, o (a)mar
a verdade, a ternura, o ser
o gesto, o abraço, o querer

sonho(-te)... e aprendo
a vida que demora a chegar
...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

...

estranho o silêncio
quebrado
pelo ritmo das ondas
e o piar das gaivotas

estranho a areia escura
onde enterro os pés
que o sol já queimou

estranho e entranho
o riso das crianças
(dos outros)
os sorrisos nos rostos
desconhecidos
e as conversas de praia
descontraidas
despreconceituosas

alegre
solta
viva
em maré cheia de (a)mar
nestes dias que nascem
rosados e terminam rasgados
pelas cores dos fogos de artifício
que me seduzem e encantam
.
.
.
[e sempre, sempre, a pensar em ti!]