registos, leituras, ecos, palavras, imagens, gestos, passos de dança e ensaios de voo...
aromas e sabores que (a)guardo carinhosamente





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

(in)consequências

 
 
abraçar a noite
cabelo ao vento
olhar brilhante
sentir sem medo
(em segredo)


agarrar estrelas cadentes
mãos estendidas
peito aberto
alma acesa

...e cruzam-se as vidas
em horizontes lineares
(in)contornáveis constantes (in)definidas
(que aprendemos a amar)


fragmentos de luar
iluminam segredos
trocados,
selados,
acariciados,
beijados...

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

...

sufoco as palavras que arranham a garganta em atropelo numa revolta escondida em que engulo cada olhar magoado com lágrimas aquecidas pelo sol que me ilumina nas noites de (não) ser tua.
parto sem ti, levo a (pouca) coragem e o chão que piso, a cada passo afasto a tristeza desapaixonada de permanecer, dorida e inocuamente à espera do que não chegará a tempo de me salvar da solidão ou de mim mesma.

guardo no peito a saudade e as cores do arco-íris, que quero acreditar: será amanhã.





[e esta chuva que não pára!...]

celebrar a vida (reposição)

"Mar de pequena vaga e céu azul:
a irrupção das frésias na manhã
faz destas ruas um jardim do sul."


Eugénio de Andrade



contando
o tempo que voa
em versos
que eternizam o (a)mar
contando
sorrisos decididos
decerto iluminados pelo luar
contando
beijos e desejos
em velas ainda por soprar...

conto e canto
a tua presença na minha vida
a cor, a luz e a força para sonhar,
os beijos, os tempos e as marés,
a vida que importa celebrar

.


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

palavras


recortes de alma
que a maré (a)guarda
e o meu (a)mar
transforma
em cadencias
de sonhos
INfinitos
e
INdetermináveis
que persigo
acordada