registos, leituras, ecos, palavras, imagens, gestos, passos de dança e ensaios de voo...
aromas e sabores que (a)guardo carinhosamente





sábado, 4 de fevereiro de 2012

tempo de voar


eram ocas as palavras
t(r)ocadas na pele nua,
melodias de sentires
i n v e n t a d o s
para me fazer sorrir
enquanto me espreitavas à janela
ou te passeavas à minha porta
apenas para me (pre)sentires

já não sou tua
e tu não és meu.
desabou a cabana de sonhos
inabilmente construída na areia,
o vento soprou
e a praia dos sonhos comuns
escondeu-se no nevoeiro do desamor

quis caminhar serena no meio da tempestade
iluminar o teu coração com o meu coração
ser raio de sol por entre as brumas,
mas o teu voo contagiou-me
e só o céu pode ser limite...

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